12 de jun. de 2009

Prototype – Review

Produtora: Radical Entertainment Distribuidora: Activision Gênero: Ação / Sandbox

Plataforma: PC/X360/PS3 Analista: Fernando Landeira Editor: Gustavo Rodrigues

A Radical Entertainment ficou conhecida por jogos em mundo aberto de sucesso mediano na geração passada, como Scarface: The World is Yours e The Incredible Hulk: Ultimate Destruction. Prototype é de fato o projeto mais ambicioso do estúdio. É um título que vem sendo esperado há bastante tempo por nós e graças aos muitos trailers disponibilizados do jogo a qualidade do mesmo tornou-se indiscutível para muitos. Será que no final das contas é um jogo que merece uma oportunidade? Em uma palavra: Sim.

Legítimo anti-herói


Você é Alex Mercer, um homem que não tem memórias de seu passado e por incrível que pareça não faz idéia de onde vieram seus estranhos poderes [um pouco parecido com o Wolverine de X-Men], que tornam o personagem um dos mais poderosos que você irá controlar. O que fica evidente é que tem muita gente atrás de você e se render não é uma escolha muito aceitável quando se pode fazer de tudo, ou quase.

Alex não demora para descobrir que pode consumir qualquer ser vivo e tomar a sua forma física e só isso já é o suficiente para se infiltrar em qualquer lugar e permanecer intacto. Você pode por exemplo se passar pelo comandante de uma base de operações do exército e ter liberdade total para entrar e sair do local. E o mais legal é que os soldados irão cumprimentá-lo “Bom dia senhor” ou então puxar um pouco o seu saco “É uma honra senhor”. Tudo para você se sentir totalmente indetectável, isso até soar algum alarme ou você fazer alguma besteira sem querer.

Logicamente nosso protagonista quer entender o que ele é e porque está sendo perseguido e para isso vai usar de quaisquer meios necessários. Em meio à essa situação, a cidade de Nova Iorque está cada vez mais infectada por um vírus desconhecido que transforma às pessoas em criaturas grotescas. Para combater essa ameaça foi chamada uma unidade especial chamada Blackwatch e pra variar os caras vieram te trazer uma grande dor de cabeça.

Alex nunca está de bom humor e não pretende medir esforços para arrancar a verdade daqueles que conhecem o seu passado. Além disso, ele resolve não tomar partido na briga entre militares e infectados, hora colaborando com uns e hora colaborando com outros [sem se comprometer com lado nenhum].

Geneticamente intrigante


Pessoalmente acho que esse é um dos melhores enredos do ano até agora. É sério, fazia tempo que eu não jogava somente para revelar um mistério e isso realmente é um prazer à parte já que a jogabilidade é ótima, mas vamos falar mais um pouco sobre a história. Cada ser absorvido por Alex concede ao protagonista todas as suas memórias e nesse processo o jogador assiste à uma pequena cutscene que mostra um pouco do papel daquele ser vivo no mundo do jogo [o que eu pessoalmente achei muito legal].

Cada memória ajuda a formar um quebra-cabeças que no final conta a história do protagonista e abre o jogo deixando tudo mais claro. O sistema foi batizado de Web of Intrigue. Apesar de ser uma idéia um tanto quanto simples, segura o seu interesse pelo enredo de forma assombrosa. A Web of Intrigue foi uma ótima sacada para rever momentos chaves da história.

Basta pausar o game e escolher a opção no menu que você tem acesso a todas às memórias absorvidas que tem alguma relevância para a trama. São realmente muitos alvos da WOI e a grande maioria está espalhada em pontos indeterminados do mapa. Basta voar um pouco por aí que logo você encontra um ícone no seu radar e é só absorver a peça rara que você tem acesso às cobiçadas informações.

Navegação perfeita


É impossível não comparar com games de super-heróis, embora Prototype seja uma história original. Vamos falar sobre um outro personagem que pula de uma altura soberba só para descobrir que não sabe voar. Prototype tem várias semelhanças com a última aventura nos games do aracnídeo [Homem Aranha], mas ignorando o fato da infecção em New York a maior delas é a navegação pelo cenário. Só não se enganem, Alex tem alguns truques únicos que fazem a diferença e tornam a experiência muito mais agradável. Um desses áses da manga é o movimento conhecido como Glide, que permite ao personagem planar quando não está com os pés no chão.

O mapa do jogo foi bem arquitetado e você não se perde em momento algum. Seu personagem se move em uma velocidade muito acima dos outros quando recebe os devidos upgrades. Além disso seus pulos vão lembrar de outro jogo da Radical Entertainment, chamado Hulk Ultimate Destruction. Assim como nos games do gigante esmeralda, em Prototype você pode se jogar de qualquer altura e carregar seus pulos em pleno ar. O que é uma mão na roda tanto para alcançar um coletável quanto para fugir do cáos das ruas lotadas de inimigos.

Explorar o cenário é prazeroso e você possui várias opções interessantes de locomoção, o que permite uma olhada mais do que decente em qualquer canto da cidade. Antes que perguntem, você não pode nadar, assim como no já comentado game do Hulk, o personagem pula da água ao cair nela. É triste fazer tanta coisa legal e não conseguir dar um simples mergulho, porém é um sistema infinitamente melhor do que morrer instantaneamente ao se molhar.

Quase tão divertido quanto desafiador


Ou menos do que quase, já que os militares não te deixam respirar quando estão em seu encalço e tem precisão formidável mesmo quando tem em mãos armamento pesado. Essa falta de piedade que o mundo do jogo tem com o jogador é compreensível já que como eu disse anteriormente, o protagonista é um dos mais apelões de todos os tempos. Porém, você irá se irritar quando seu tanque de guerra ou helicóptero for destruído em um piscar de olhos por mísseis que vem de lugares misteriosos.

Em meio à explosões e multidões de infectados ou militares você verá que a destruição se faz presente em todos os momentos. Vale destacar que o framerate aguenta o tranco e você não verá nenhuma travadinha mesmo quanto houverem vários helicópteros e tanques se movimentando ao mesmo tempo junto de centenas de civís e uma batalha entre alguns tipos de militares e infectados estiver ocorrendo, isso tudo enquanto os carros explodem.

Basta ficar parado alguns segundos para arrancarem o seu couro em um piscar de olhos. Para recuperar vida você deve se esconder ou absorver algum ser vivo, quanto mais forte mais energia fornece. Porém você deve se alimentar em um lugar tranquilo, comer no meio da guerra urbana pode causar gases, ou pior, você pode morrer enquanto mastiga.

O combate é realmente divertido. Os comandos são rápidos e você tem diversas opções de ataques e abordagens por qualquer posição. Existe um grande número de combos e habilidades para serem utilizadas sem pena tanto no ar quanto em terra. Sempre que você resolver trocar de poder a câmera ficará mais lenta permitindo uma escolha menos desesperada. Característica muito bem vinda considerando a guerra ao seu redor.

Como em todo sandbox que se preze, para evitar o tédio foram introduzidos alguns tipos de side missions. Todos eles testam suas habilidades e dependendo de sua performance você recebe uma quantidade de Evolution Points equivalente à medalha que você ganhar. Falaremos sobre os EP mais abaixo. Existe um número razoável de missões secundárias e as que você habilita perto do final do jogo são um desafio e tanto.

Muitos poderes e absolutamente nenhuma responsabilidade


Seria um spoiler enorme dizer aqui o que exatamente é Alex Mercer, mas posso dizer com a consciência tranquila de que ele não é nem um pouco humano. E isso reflete na maneira de pensar do personagem e consequentemente em suas ações. Alex irá consumir qualquer ser vivo que estiver em seu caminho sem remorso algum e você irá querer fazer isso as vezes sem razão aparente, apenas por diversão, ou talvez para reaver um pouco de sua vida.

O jogo é brutal. Qualquer combate vai terminar em uma baita carnificína. Alex pode bater, cortar, atirar, explodir, atropelar, jogar e usar qualquer arma usada pelo inimigo. A mecânica de combate é interessante à ponto de permitir à você jogar os militares uns contra os outros. Basta você tomar o lugar de um deles e apontar para outro gritando “É ele! Atirem!”. É lógico que o acusado tentará se proteger “Sou eu bro, não atire!”. O que vem a seguir é uma saravada de tiros e as vozes “Ué? Não era ele?”. Muito conveniente.

A maioria dos seus poderes podem ser comprados pelo menu de upgrades. Para conseguir os valiosos Evolution Points você deve fazer qualquer coisa de valor no jogo. O simples ato de matar um inimigo lhe fornecer uma quantidade justa de EP. É claro que o lhe dá mais pontos são as missões principais, que também habilitam novos upgrades e eventos pela cidade.

Existem habilidades defensivas também, como o escudo e a armadura. A armadura apesar de te deixar muito mais resistente tem uma pequena desvantagem, deixa você mais lento, então escolha bem o momento de usar ou vai querer esquivar rolando de um míssil e não irá conseguir. Também existem dois tipos de visões especiais. A primeira é a clássica night vision e a segunda é mais característica, chamada de infected vision, que permite à você localizar os dito cujos.

Fim da linha


Enfim chega a hora de criticar. Pensou que o jogo era perfeito? Não é bem assim. No início é tudo uma maravilha, mas à medida que você joga mais erros encontra.

A dublagem é apenas mediana e em alguns momentos a produção não se preocupou nem um pouco em deixar a cena verdadeiramente dramática. Durante o jogo Alex não mexerá sua boca enquanto estiver falando, ele só se preocupará com isso durante as cutscenes. O dublador do protagonista pelo menos fala como alguém muito aborrecido, reproduzindo fielmente o perfil de nosso herói.

Alguns outros erros gráficos marcam presença em momentos chave e merecem destaque. No geral, o jogo não é bonito para os padrões atuais, mas para um sandbox está aceitável. Embora existam algumas texturas em baixíssima resolução.

Não é raro ver (ou não ver, nesse caso) helicópteros simplesmente sumirem no ar assim que você sai deles. Ou seja, se pensa em sair de seu helicóptero em pleno ar não pense em voltar para a mesma aeronave porque ela simplesmente pode não estar mais lá.

Mesmo com problemas que apontam para a falta de acabamento, que é comum e imperdoável hoje em dia, Prototype é um ótimo game para aqueles que gostam de desafios em mundo aberto e com uma trama adulta que transborda seriedade. Se os aspectos técnicos não forem impressionantes o bastante para chamar sua atenção quem sabe uma história cheia de reviravoltas faça valer o seu precioso tempo?

Mais & Menos

+ Muitos upgrades e poderes disponíveis

+ Framerate sólido independente do que estiver acontecendo

+ Enredo interessante do início ao fim

+ Gráficos lindos

- Faltou acabamento em alguns aspectos

- Faltou um pouco de diversão

- Alguns erros gráficos

Notas

Apresentação: 9,0

Gráficos: 9,0

Som: 8,0

Jogabilidade: 8,5

Diversão: 9,0 (x2)

Média: 8,9




Ainda estou jogando o Prototype, mais já posso dizer que o jogo é muito mais muito bom.
Fazia um bom tempo que não jogava um jogo tão bom assim, só pra se ter uma ideia o ultimo foi GoW 2 [joguei ele bem depois do lançamente]. Ele conseguiu me prender na frente da tela da tv, a história dele é super interessante, e enquanto você vai jogando ele você fica naquela doido pra descobrir o que vai acontecer e coisa e tal, é como o filme Efeito Borboleta [que te prende na tela da tv até o fim para que você descubra o que aconteceu realmente com o personagem, porque ele tem estes poderes, e se bobiar se você perder um pedaço se quer você pode até não intender muito bem a hjistória], gosto de jogos assim, são muito interessantes.

Os gráficos também gostei bastante, apesar do Fernando não ter gostado muito, isso mesmo eu editei a review. Achei bem interessante a aparencia dos personagens, principalmente do Alex. Claro teve alguns erros gráficos como os que o Fernando mecionou, e o que eu não gostei mesmo foi de um erro que eu não suporto ver o de que durante o jogo quando o personagem fala ele não mexe a boca, po isto estraga e muito a imagem do jogo, mas gostei tanto dele que nem afetou muito.

O jogo mesmo tendo algumas coisa em comum com outros, não é um jogo de como vou dizer "um jogo copiado", ele tem originalidade, Alex pode ser sim considerado um anti-heroi verdadeiro.

Outra coisa que me chamou atenção e muito foi que o jogo sei lá, faiz você entrar no personagem [Alex], você começa a entender ele, como se você fosse ele mesmo. um exemplo é que quando Alex vai matar alguém só porque está pessoa tá em seu caminho, você incorpora o personagem tanto que sente as vezes até diversão em matar aquela pessoa [claro é so um jogo, mais sei lá é meio "cabuloso"]. Alex não é humano isto eu afirmo, ele é um monstro muito mau por sinal, mata as pessoas sem sentir remorso por isso.

Pra descobrir o que quer, pra desvenar o misterio de quem foi que fez aquilo [dar estes poderes pra ele, e transformar ele em um monstro] com ele, Alex mata qualquer sr que esteja em sua frente, não interessa quem seja pode ser até seu pai, sua mãe [só exemplos, não vi isto ainda no jogo], ele não está nem ai, a unica cois que ele quer é se vingar.

Indico Prototype pra todo mundo, e indico com a certesa de que a pessoa vai gostar, ele é um tipo de jogo que qualquer um gosta. Só pra você ter uma ideia, na maioria das vezes compro jogo pirata ou baixo ele [mais para meu uso nada de pirataria] pra fazer reviws ou pra testar o game, mais com Prototype, foi diferente gostei tanto que comprei o original.
Claro ele ainda não vai entrar na lista dos meus favoristos, nem ultrapassar Final Fantasy pra mim, mais que eu já virei um fã dele isto eu virei.

É isto ai galera, espero que vocês tenham gostado desta review, até a próxima.






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